terça-feira, 26 de agosto de 2008



ONDE NÓS VAMOS PARAR?

“A melhor maneira de governar um povo é mantê-lo na ignorância”.

Baruque Spinoza

Qualquer pessoa sã, quando sai de um lugar para outro, involuntariamente ou não, planeja em seu consciente onde, como e quando vai chegar. Pode usar o pior caminho e até chegar atrasado, mas sabe onde vai parar a sua jornada. Quando falamos de massa, grande número de pessoas, há líderes que utilizam a filosofia de Spinoza, a quem eu chamo de “mentores” os quais fazem o papel de cérebro e controlam o consciente de “zumbis” (mortos que não sabem onde vão parar). No momento em que escrevo este artigo procuro não ser mais um “zumbi” e me questiono como integrante da instituição chamada igreja brasileira, onde nós vamos parar?

Zumbi não tem tempo para orar e ler a Bíblia, mas não perde um jogo de futebol e nem o capítulo da novela. Só vai a igreja quando tem uma festa que tenha bolo é claro, cantata, retiro, etc... Para o zumbi, EBD é a sigla do novo grupo latino que está fazendo turnê pelo Brasil. Onde nós vamos parar?

Onde nós vamos parar, é a pergunta que não quer calar. Principalmente quando passa uma eleição e vemos pastores usando de sua posição de “homem de Deus” para angariar votos e depois viram “homens das sanguessugas” me pergunto: onde vamos parar? Usam a “superstição” da massa evangélica para dizer que seus adversários políticos têm pacto com meia dúzia de capetas. Mas depois, derrotados, no segundo turno, se aliam dizendo que o antigo adversário é o melhor para assumir. Antes era endemoniado, agora é o melhor para a função? Parece-me que têm algo por de traz e eu volto a me perguntar onde nós vamos parar?

Vejo “cantores” evangélicos com as mesmas frescuras de um “mega star” mundano. Só cantam se der uma “singela” oferta de mil reais. Se a igreja que convidou não tiver uma “platéia” de no mínimo mil pessoas não cantam. Músicas que de louvor não têm nada. Parecem músicas de um “tal” padre, que precisa erguer as mãos para mexer com a platéia. Lá é só erguer as mãos, aqui é um tal de pular, fogo pra lá e pra cá, chuva toda hora e apaixonado por todo mundo menos pelo Senhor Jesus. De quebra ainda tem tarde de autógrafo com um monte de “zumbis” atrás desses “artista”. É “show” para todos os gostos, têm show da fé, show gospel e outros mais. Eu me pergunto: Onde é que vamos parar?

Não sou o mentor responsável pelo caminhar da igreja brasileira, nem tampouco quero ser mais um zumbi. Mas pelo o andar da carruagem, temo pelo futuro desta instituição. Enquanto ficarmos com os famosos “deixa disso”, “não tem nada haver”, “o que importa é que fala de Deus”, “é ungido do Senhor”, e outros jargões... continuaremos como zumbis que não questionam e que aceitam tudo “em nome de Deus”, quando na verdade não tem nada de Divino. O que querem na verdade é fazer da igreja brasileira como fizeram nos EUA e na Europa, uma igreja sem identidade que não salga e não é luz. Mas como estudante da Bíblia e membro da “igreja de Cristo”, me apego as palavras de Jesus: “... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”; (Mateus 16. 18b).

Pr. Luís Almeida

Nenhum comentário: